O livro conta a história de Dora, uma menina que possuía uma vida social de classe alta. Tudo muda quando seu pai perde o emprego e ela começa sua vida no subúrbio, onde conhece novos amigos e seu primeiro namorado. Mas a nova forma de vida revolta a garota principalmente quando seus pais se separam, o pai sai de casa e a mãe precisa arrumar um emprego para sustentar sua família.
Com o novo namorado, Gui, Dora entra no mundo das drogas, um mundo que nem todo mundo consegue sair.
RESENHA:
A luta de Dora para sair do mundo das drogas é interessante. A mudança radical de vida, novos amigos, pais separados, novo namorado, procura por uma distração, drogas, expulsa de casa, prostituição, reconciliação, reabilitação, drogas, reflexão, apoio da mãe e reabilitação. Esse é o ciclo do livro que nos mostra a dificuldade e as diversas facetas dos usuários de drogas.
De forma mais leve, mas não menos realista, Walcyr Carrasco consegue nos prender ao livro ao contar a história de Dora, garota que tinha tudo e ao mesmo tempo nada. E que só depois de passar por tudo que passou ela percebeu o valor real da vida. Sabe-se que nem todos conseguem parar o vício, que nem todos recebem o devido apoio (fundamental para a recuperação), mas o livro nos da uma percepção do que geralmente acontece.
Os questionamentos e boas mensagens são precisos sem parecerem moralistas. A jornada de Dora é marcada por escolhas erradas que fizeram ela aprender da pior maneira. Mas seus erros e o seu caminho trilhado a auto destruição nos ajuda a tirar as melhores reflexões possíveis e nos emocionar com sua história.
O livro, dedicado aos adolescentes, traz uma linguagem simples e objetiva e com certeza é recomendado para todas as idades. Ao terminar de lê-lo fiquei impressionada com a intensidade da história e pensei na coragem do autor ao escrever um livro com um tema tão polêmico visando o público juvenil. Mas uma vez parabenizo o Walcyr.
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