18 outubro 2012

RESENHA: CINQUENTA TONS DE CINZA


Nome original: Fifty Shades of Grey
Autora: E. L. James
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580572186














SINOPSE:

Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seu próprios termos…

RESENHA:

Por causa de um favor a uma amiga, Anastasia acaba entrevistando o bilionário Christian Grey para uma matéria do jornal da faculdade. A atração entre eles é instantânea e após diversos encontros ao acaso, Ana se vê apaixonada por Christian. Mas enquanto ela pensa que encontrou o homem dos seus sonhos, ele a surpreende com uma proposta de contrato no mínimo estranha: ela se tornaria sua escrava sexual e embarcaria em uma relação sadomasoquista com ele. 

Eu comecei a ler esse livro depois da polêmica virtual, não vou negar. Realmente, eu não esperava muito do livro e minhas expectativas não foram superadas. A história lembra mesmo Crepúsculo, visto que originalmente era uma fanfic da saga de vampiros. Começando pelos protagonistas: Ana é muito parecida com Bella. A inocência da personagem chega até ser ridícula. Totalmente apaixonada pelo maravilhoso e todo poderoso bilionário, ela não se sente merecedora do seu amor, detesta receber seus presentes extravagantes e não consegue viver sem ele; Já Christian é uma versão mais assustadora de Edward. Apesar das semelhanças físicas, riqueza e da relação com seus pais, ele é um personagem contraditório. Enquanto Edward fazia de tudo para proteger Bella de todos, até de si mesmo, Christian protege Ana de todos, mas esquece de protegê-la de si mesmo. 

Os personagens secundários aparecem muito pouco na história, deixando todo o destaque para os protagonistas. Mas vale destacar aqui a presença de Kate que deu um certo alívio para a história... Todas as vezes que ela entrava em cena, ofuscava completamente Ana. Mas infelizmente, sua participação no livro é pouco aproveitada. Isso porque a primeira parte da trilogia é totalmente concentrada no acordo de Ana com Christian, o que eu devo dizer que só se resolve nos últimos capítulos. Isso fez com que o livro se tornasse muito cansativo e até repetitivo. Para as brechas, a autora recheou com cenas de sexo, o que era de se esperar, já que o livro tem como gênero principal, Erótico, e como tema, relações BDSM. Mas a excessividade das tais cenas fizeram com que a narrativa ficasse com uma impressão bem forçada.

O que não fez com que o livro fosse uma total perda de tempo e até uma surpresa para mim, era que eu não esperava que Christian tivesse um drama psicológico profundo. Uma pena que nesse primeiro volume, toda a história do seu passado não está em primeiro plano, o que instiga o leitor a ler a sequência. 

Em relação a escrita, devo dizer que não é nada demais. Juntamente com a história, James não se comprometeu em escrever brilhantemente bem. A narrativa simplesmente flui, porque você quer saber o que acontece, mas as cenas e os diálogos poderiam ser muito mais elaborados. Vale salientar que a história é narrada pelo ponto de vista de Ana, assim como Crepúsculo é pelo de Bella.

2 comentários:

  1. Não tinha lido tua resenha de 50 Tons ainda! Já disse trocentas vezes que não vou ler só pela moda, e essa sua nota só fortificou essa minha decisão! haha Quem sabe, algum dia, eu procure ler um do gênero, mas que não seja uma ex-fanfic de Crepúsculo! :P

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    1. Pois é.. Eu lendo o livro e comparando tudo que acontecia com Crepúsculo! Para mim, os melhores com esse gênero estão nas histórias de romance histórico. O problema é que as vezes o autor foca demais nas cenas calientes e esquece de escrever um plano de fundo no mínimo com lógica!

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